Dados dos impactos do novo coronavírus nos negócios trazem um alerta. Apenas no Brasil, ao menos 600 mil micro e pequenas empresas fecharam neste primeiro semestre de 2020. As grandes e médias empresas também estão sofrendo consequências ocasionadas pela crise e muitas também já fecharam as suas portas. O País discute uma retomada do das atividades comerciais, que urge como uma solução para a retomada econômica, no entanto, o cenário atual vem se agravando e preocupa o setor empresarial.

Para a crise, espera-se uma vacina. Para o empreendedor o que se deve esperar? O impacto da crise em nossa economia é muito grande e vem se mostrando cada vez mais forte com o passar dos meses em confinamento. Empreendedores que outrora geravam rendas, empregos e desenvolvimento, se viram obrigados a reavaliar a continuidade do seu negócio. 

No âmbito jurídico, vemos que grande parte das relações contratuais estão sendo fortemente afetadas e, assim, faz-se necessário um olhar crítico para todas as relações do setor empresarial com seus stakeholders, sobretudo a partir de uma revisão dos contratos entre estas partes.

É sob esse contexto, que uma assessoria jurídica assertiva toma relevância nos dias atuais. Um “check-up” da empresa, nesse sentido, visa mapear todos os contratos que foram ou podem vir a ser impactados pela crise, promovendo a elaboração de um plano estratégico de curto e médio prazo para a mitigação dos riscos que possam causar danos na empresa. Esta estratégia de retomada deve ser liderada por especialistas através de  negociações e mediações entre as partes relacionadas.

Além disso, em tempos desafiadores, a atenção a repactuação das obrigações empresariais não se deve apenas ficar no âmbito extrajudicial,  mas, também para uma visão estratégica relacionada às demandas judiciárias das organizações, buscando-se acordos favoráveis ao seu negócio nos processos em curso.

Vale destacar que,  nesse período de isolamento,  muitas empresas e o próprio sistema judiciário estão funcionando apenas de forma virtual e, por isso, é fundamental que as empresas possam contar com o suporte de um serviço jurídico atualizado, que ofereça sistemas tecnológicos de última geração para a gestão célere e adequada que o momento requer. 

Empresários devem buscar alternativas antes de fecharem as portas. Fazer a correta gestão de crise e se preparar para o incerto futuro próximo é o remédio certo para a sobrevivência no mercado severamente impactado pelo novo coronavírus.  

Não tem milagre que possa salvar os empreendedores neste momento. É necessário muita análise crítica para as relações comerciais estabelecidas e tomar as medidas necessárias para que se possa atravessar esse momento tão desafiador. Com um olhar especializado e focado na melhor solução para cada tipo de negócio é possível estabelecer medidas, planos, acordos e negociações que possibilitem a continuidade e a manutenção dos negócios. Com atitude, estratégia e resiliência, nós vamos superar mais este desafio.  

Guilherme Marinho, advogado e sócio na Alves Oliveira e Duccini – Sociedade de Advogados