A Cyber Monday, ocorre na primeira segunda-feira após a Black Friday e é um dos eventos mais aguardados por consumidores e empresas que operam no comércio eletrônico.

Diferentemente da black Friday, a Cyber Monday direciona os descontos às vendas efetuadas através da internet, movimentando as plataformas de ecommerce.

A Alves Oliveira já apresentou dicas referentes à Black Friday voltadas aos fornecedores de produtos e serviços. No presente artigo, serão apresentados os principais cuidados que as plataformas de ecommerce devem tomar para que haja uma Cyber Monday segura e muito proveitosa.

1. Adequação à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)

Atualmente, a população tem muito mais conhecimento sobre os direitos relacionados à proteção de seus dados pessoais. Portanto, demonstrar aos consumidores que os seus dados pessoais estão sendo tratados de acordo com as diretrizes da LGPD é essencial para reforçar a reputação organizacional.

2. Adoção de medidas técnicas de segurança

Garantir que a plataforma de ecommerce esteja segura para utilização dos consumidores passa, necessariamente, pela adoção de medidas técnicas de segurança que visam impedir que terceiros mal intencionados atinjam seus consumidores. 

A implementação de Firewalls de Aplicação Web (WAF) visa monitorar e bloquear injeções de códigos maliciosos nos sites, a gestão e o monitoramento de plugins irão garantir que eventuais vulnerabilidades sejam tratadas antes de gerarem danos aos consumidores e o monitoramento ativo de logs pode alertar em tempo real atividades suspeitas na plataforma. Essas são apenas algumas das medidas que devem ser implementadas para evitar eventuais danos aos consumidores.

3. Termos e Condições de Uso

As plataformas de ecommerce devem conter um documento que regule o uso do site ou aplicativo, cobrindo pontos como regras de navegação e uso da plataforma, responsabilidades da empresa e do consumidor, procedimentos para cancelamentos, trocas e devoluções, políticas de pagamento e segurança, entre outras informações.

Esse documento deve ser acessível e aceito pelo cliente durante o processo de cadastro ou compra.

4. Contratos com Terceiros

Empresas de ecommerce frequentemente dependem de fornecedores, transportadoras, processadores de pagamento e outros serviços terceirizados. É fundamental que os contratos com esses outros atores estejam atualizados e contenham cláusulas de responsabilidades de cada parte em caso de problemas (atrasos, erros de pagamento, perda de produtos), obrigações quanto à proteção de dados pessoais (principalmente se terceiros tiverem acesso a informações de clientes), entre outras.

A conformidade legal atrai resultados

Os pontos apresentados representam algumas das questões que devem ser endereçadas pelas empresas responsáveis por plataformas de ecommerce. Demonstrar aos consumidores que a plataforma fornece segurança aos usuários e que as empresas responsáveis fora diligentes no cuidado às questões jurídicas envolvendo as transações eletrônicas refletirá, certamente, no sucesso das operações.

ㅤ Sócio Gestor

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